2 de junho de 2013

Entrevista Revista CLAUDIA - Murilo Rosa, o conquistador Élcio de 'Salve Jorge', dispara: 'O importante é provocar'


Até pouco tempo atrás, tinha-se notícia de que o ator Murilo Rosa era um tipo atraente. Rosto másculo, sorriso sedutor, olhar intimidador. Mas não há cidadã neste Brasil que não tenha se chocado ao ver as primeiras imagens do rapaz de sunga na praia na pele de Élcio, na novela Salve Jorge, da TV Globo. Que físico é esse, seu Murilo? E, se a moça é chegada a uma farda - fetiche que, diz o senso comum, fala forte ao coração de muitas mulheres -, a situação torna-se ainda mais complicada. Élcio é capitão da cavalaria do Exército e, quando dispensa a sunguinha, cobre-se com tecidos camuflados colados ao corpo. Ou seja, é a virilidade em pessoa - monta cavalos com desenvoltura, enfrenta perigos, ultrapassa obstáculos. E vai ficar pior: o rapaz é um tremendo cafajeste. Desses que encantam uma donzela durante a noite com juras de amor eterno e promessas de romance ao pé do ouvido para, no dia seguinte, ignorar as chamadas da pobre criatura no celular. Cair no conto do vigário do gostosão e sonhar em transformá-lo em um homem decente, quem nunca?
Muita calma. Murilo e Élcio não podiam ser homens mais diferentes (à exceção da formosura estética). Murilo Araújo Rosa, 42 anos, é casado desde 2007 com uma mulher linda, a modelo Fernanda Tavares, e pai de dois menininhos - Arthur, que nasceu no dia 1º de novembro passado, e Lucas, de 5 anos. Seu casamento foi celebrado em uma pequena igreja de Goiás Velho, no interior de Goiás, a mesma em que seus pais se casaram. Na ocasião, os dois famosos foram saudados pelos moradores da cidade. No dia a dia, o ator faz a linha paizão: acorda diariamente às 6h30 para preparar o café da manhã de Lucas e levá-lo ao colégio. Sempre que consegue, troca ideias com as professoras e brinca com os outros alunos. "Adoro essa relação com a escola. Você entende as diferenças humanas: as crianças são diferentes porque os pais também são", afirma.
Por mais paradoxal que possa ser - ou até por isso -, o fato é que Murilo está adorando interpretar Élcio. Ele explica que o vilão não tem a trava do politicamente correto: pode tudo e se diverte muito, em especial à custa do sofrimento feminino. Fingir paixão e amor eterno apenas para levar uma moça para a cama é um horror, certo? Certo, mas o canalha não está nem aí para as correções. "Élcio adota na vida o lema da cavalaria: `Enquanto houver um cavalariano, jamais haverá uma mulher insatisfeita, um copo vazio, um cavalo indomado¿ ", brinca o ator. Murilo tem plena consciência do potencial erótico de seu personagem. Pelo Twitter, ele recebe inúmeras mensagens de figuras loucas para cair na conversa mole do capitão da novela das 9. "A farda por si só já seduz", explica.
Além do bonzinho
Já fazia um tempo que Murilo Rosa sonhava com um vilão em sua carreira. O único bad boy que interpretou em 18 anos de labuta foi Amadeu, coadjuvante da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999). Achava que era chegada a hora de mostrar para o público que, sendo um ator multifacetado, também poderia convencer como o cara mau. Quando pediu aos diretores da Globo que o cogitassem para dar vida a um bandidão, ganhou o capitão Élcio. "É cansativo demais fazer o mocinho da história. O papel esgota, é sofrido, porque, no fim das contas, é aquele cara que luta o tempo inteiro para ficar junto de alguém que todo mundo tenta separar. Pense na mitologia grega: o herói sempre morre no final."
Fonte: Claudia.com

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