
Essa semana estreia o filme Área Q, uma curiosidade no cinema nacional por se tratar de um filme que mistura ufologia e parapsicologia no interior do Ceará. Dirigido por Gerson Sanginitto, brasileiro erradicado em Los Angeles onde estudou cinema, Área Q é uma co-produção Brasil e Estados Unidos. Na história, Thomas Mathews é um repórter norte-americano, traumatizado pelo sumiço de seu único filho, que é escalado para investigar fenômenos alienígenas no interior do Brasil. Chegando lá, ele começa a questionar o que pode ser verdade ou mentira em tudo aquilo.
A equipe do filme esteve em Salvador no último dia 02 de abril para o lançamento, em uma sessão lotada no Shopping Iguatemi.
Como você definiria o filme Área Q?
- O filme tem uma mensagem fundamental nos dias de hoje, uma mensagem sobre o nosso planeta, sobre cuidar do planeta, o que a gente está fazendo com esse planeta. Mas, independente disso, o filme é entretenimento, engraçado. O filme é dirigido pelo Gerson Sanginitto, brasileiro que mora em Los Angeles há 18 anos e faz um trabalho muito bonito. Tem o Isaiah Washington que é um ator norte-americano (fez Grey´s Anatomy) faz um grande trabalho também, tem a Tânia Khalill colega já há um bom tempo. Adoro ela como atriz e como pessoa e o Ricardo que faz o respiro do filme, muito engraçado o trabalho dele. Fora que é um drama com elementos de ficção científica, novo no cinema brasileiro, acho que vale a pena a gente assistir.
E o seu personagem, ou melhor, os seus personagens, você faz três diferentes no filme, certo? Como é isso?
- Exatamente, eu faço três personagens, o João Batista, que no início do filme é abduzido, trinta anos depois eu faço o filho dele, e também faço o mensageiro, o rapaz que veio com essa mensagem, que na verdade é o próprio João Batista modificado, no início do filme ele é uma pessoa escolhida para futuramente habitar esse espaço maravilhoso que é o nosso planeta.
Fale mais sobre a mensagem do filme.
- Eu acho que é uma mensagem que a humanidade precisa. A gente tem maltratado muito nosso planeta, a gente vive uma fase do politicamente correto, mas, será que é verdade tudo isso que está sendo dito? As pessoas estão preocupadas com essas coisas e o filme vem ao encontro de tudo isso, só que de uma maneira muito direta. Se a gente não fizer alguma coisa rapidamente, não vai mais dar tempo. O filme toca nesse assunto de ufologia, será que existe vida em outros planetas, vc acredita? Será que a gente está sozinho nesse universo? Eu acho que não.
Como você essa junção na produção Brasil e Estados Unidos?
- Eu acho fundamental. O Brasil está bombando, hoje a gente é a sexta economia, passou a Inglaterra , então tudo está começando a dar certo. O cinema brasileiro também é a bola da vez, você vê filmes premiados em Cannes, Berlim... Tropa de Elite bateu todos os recordes de bilheteria. Então, o cinema brasileiro está fazendo parte da vida do brasileiro. E é isso que a gente quer, que você venha assistir o filme e valorize nosso trabalho. O cinema é uma obra artística e só existe se você vier dar a sua contribuição.
Você fez A Orquestra dos Meninos, depois Aparecida, agora Área Q. Sempre procura em seus trabalhos filmes que tenham uma espécie de mensagem social, espiritual?
- Não. Assim, eu procuro na verdade um grande trabalho, um bom personagem, trabalhar com um bom diretor. Eu acho que no caso desse filme foi um encontro interessante. Eu estava com Orquestra dos Meninos no Festival em Los Angeles e reencontrei o Gerson. Ele assistiu o trabalho, gostou e me falou que tinha se formado em cinema, estava fazendo alguns filmes e queria me convidar para fazer um trabalho. Eu fiquei muito feliz, o roteiro era interessante, fora a oportunidade de fazer um filme de ficção científica, nunca fiz isso. E eu faço um personagem incrível, quando na vida que eu vou ser abduzido? Experiência única. (risos). Eu gosto muito do filme, é muito difícil fazer um filme assim, quando não temos uma verba tão grande para fazer os efeitos. Então, eu gosto muito, fiquei orgulhoso.
Fonte: cinepipocacult.com
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