29 de junho de 2011

Murilo Rosa esteve em Portugal,mais precisamente para entregar um prémio - o Globo de Ouro de Melhor Atriz - e antes falou com a CARAS sobre a sua profissão e a sua vida pessoal, embora sobre esta tenha sido mais parco em palavras. - O que é que os 40 anos lhe trouxeram? Murilo Rosa - Eu não penso em idade, nunca fui ligado a essa coisa dos números... Essa coisa de número é inventada. Existe o ser humano e existe uma experiência na vida e na carreira. Não gosto dos números. Há pessoas com 20 anos que não se cuidam e pessoas de 60 que se cuidam. - Então vamos falar em acumulação de experiência...- [Risos] Mudei-me para o Rio de Janeiro em abril de 1992. Antes disso, comecei a fazer teatro numa universidade de artes cénicas em Brasília... - E para isso desistiu do curso de Educação Física, não foi?- Desisti e mudei para artes cénicas. Foi aí, em Brasília, que me apaixonei pela representação e decidi fazer disso a minha vida. - Mas antes disso nunca tinha tido vontade de ser ator? - Não, não. Nunca fui ao teatro em criança, tive uma infância e adolescência muito normais, sem nenhuma referência do teatro. Em 1990, era atleta de taekwondo, tinha acabado de disputar um campeonato mundial em Espanha e quando voltei para o Brasil a minha irmã disse-me que havia um teste para um filme na faculdade de artes cénicas. Não queria ir, mas fui. Fiz o teste, passei, e achei que era interessante. Foi então que fui fazer o curso de teatro. Fiquei muito feliz por seguir o conselho da minha irmã. - Hoje, é um ator multipremiado. Quando começou, esperava este sucesso? -Não pensar no futuro é talvez a melhor forma de ter sucesso. Fiz a minha carreira aos poucos. Aproveitar o momento é o que importa. Se estivermos concentrados no que estamos a fazer, se soubermos o que gostávamos de atingir, é fácil. Nunca fiz uma coisa só por fazer. Mas claro que não imaginava tudo o que me aconteceu! Agora tenho um caminho. Os meus pais aceitaram tudo muito bem e hoje o meu pai é o meu empresário. - Deixou a Educação Física, mas não deixou de praticar desporto, a julgar pela boa forma que apresenta em Araguaia... - Sou apaixonado por desporto e acho que um ator tem de ter um trabalho corporal interessante. Quando tiramos a camisa, podemos estragar a cena, pois não há nada que chame mais a atenção do que um nu. Faço um domador de cavalos e, portanto, tive de trabalhar o corpo, porque ele tem uma virilidade muito própria. Tive que me expor um pouquinho, não havia como não o fazer. Fiz preparação física, sim. Não me incomoda a imagem de sedutor com que me rotularam, mas há limites. - Teatro, cinema ou televisão?- - Hoje estou a viver um momento muito encantado pelo cinema. Vim agora de um festival em Los Angeles, onde apresentei dois filmes. Hoje, o cinema brasileiro tem muitos realizadores maravilhosos e eu tenho apostado em projetos novos. Se gosto do guião, estou dentro. O ano passado entrei em Como Esquecer, Aparecida, Araquê e No Olho da Rua. O cinema brasileiro está muito bem. O maior sucesso de bilheteira no Brasil foi Tropa de Elite 2. - Entretanto, em 2007 foi pai. Era um papel que sonhava desempenhar?- -Sempre sonhei com isso! Mas não é um papel, para mim é a realidade. Sempre quis ser pai. Acho que é uma missão pela qual todos devem passar. É lindo ser pai, é quando deixamos de olhar só para nós. É muito bonito ver nascer um filho como eu vi, cortei o cordão umbilical e tudo. O Lucas está numa fase muito bonita. E ele é a minha verdade. Sempre me neguei a falar da minha intimidade, porque antes ainda a estava a construir, mas agora falo, porque acho que as pessoas têm de acreditar na união, na família e nos relacionamentos. Quando se escolhe uma pessoa para casar, estamos a optar pelo projeto de vida, pela família. - Como é estar casado com uma modelo de topo? - É supermaravilhoso. Temos uma relação muito bonita e sólida. O segredo? Cada pessoa tem de descobrir o seu... FONTE: Caras.

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